Ele não presenciou grande parte da minha vida, na verdade,
nem mesmo os últimos meses, apenas apareceu e, com alguma precaução, penetrou
o meu coração e tapou todos os buraquinhos que nele existiam. Não foi fácil
para mim encarar uma nova realidade, realidade essa que me tem levado a um
presente mais feliz, mas aceitei. Tive apenas que abdicar dos meus medos e
inseguranças e, pouco a pouco, deixar-me levar por este sentimento que tem perdurado
de forma clara e persistente.
Ele segura-me com força, beija-me de uma forma ridiculamente
apaixonada e faz-me sentir viva. Como eu gosto disto. É ainda capaz de segurar
a minha mão com a sua firmeza única, de me olhar nos olhos e dizer que me ama
(muito), com o seu sorriso um tanto rasgado. Consegue de mim o que
outros não conseguiram e faz-me sentir o que outros não fizeram.
À dias, adormeceu no meu peito e eu parei. Parei para observar o seu ar inocente mas arrebatador. Tê-lo ali junto a mim, fez-me vontade de, no futuro, ter a oportunidade de voltar a ter aquela imagem, todos os dias de manhã ao acordar.
O meu passado diluiu e eu arrisco a dizer que esta felicidade tão cedo ninguém ma
tira.
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